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Casal feliz também briga

  • Foto do escritor: psicovanessadealmeida
    psicovanessadealmeida
  • 15 de abr. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 29 de jun. de 2023


É muito comum casais e pessoas no geral acreditarem que uma relação feliz está isenta de brigas. Acredita-se que a comunicação é fluida, ambos se conectam e se apreciam em igual medida, não há problemas que não possam superar juntos. Ledo engano. Brigas são oportunidades do casal aprender a negociar, a sair de si para ir para o NÓS.


Briga é sinal, é sintoma de que algo não vai bem! Por isso, trate-a como sua amiga!


A briga faz o favor de denunciar ao casal que existem desacordos e que é preciso combinados, compromisso para que a relação possa avançar.


A questão é que a briga pode estar a serviço do EU e não da relação. Já explico para vocês.

Uma briga para ser produtiva precisa provocar no casal uma reflexão em prol da relação e não de si próprio apenas (o que acontece muitas vezes).


Deseja-se que a parceria mude porque EU não estou feliz. A rusga está a serviço de sua insatisfação com o jeito da parceria não funcionar, porque te fere de alguma forma. Mas já parou para pensar que para existir parceria é preciso pensar no NÓS e não só no EU?


Os dois juntos buscam uma melhor relação porque desejam, querem, têm ambição de fazer o outro feliz, pois se o outro está feliz, a relação está bem e, portanto, eu também fico bem com isso.


Mas vocês podem se perguntar: Vanessa, mas eu me sinto muito ferido(a) com determinada situação que acontece na relação, vou me calar diante disso?


A questão aqui não é essa, e de forma alguma você deve se calar. Quero que reflita sobre se o que você busca é puramente a nível EU ou se é a nível NÓS, relação. Percebe que são coisas totalmente diferentes?


Vamos a um exemplo?


X não gosta de arrumar casa e acredita que Y deve contribuir na arrumação do lar. Y embarca nessa jornada, porque entende o que há por trás de X não gostar de arrumar casa (era punido com a arrumação toda vez que não cumpria as regras da casa em sua família). Assim, Y vai ao encontro do NÓS, porque ajudar X a arrumar casa a satisfaz, acolhe e incentiva essa tarefa chata passar rápido.


Agora se Y tivesse uma postura individualista, no mundo do EU, diria para X ir se lascar com seu não gostar, pois também detesta arrumar casa e que essa história dela ser punida é um problema dela, que ela precisa se tratar.


Percebe que no mundo do EU não existe espaço para viver o NÓS? No mundo da conjugalidade, de pensar o nós, é necessário haver empatia, honestidade, reciprocidade, interesse, o que não quer dizer se anular pelo outro, mas fazer sacrifícios porque você quer o bem-estar de quem ama.


Não significa ceder sempre, em continuum pelo outro, senão, de fato há a anulação de si mesmo e não haveria limites entre você e o outro, mas são sacrifícios que beneficiam a ambos, há um interesse genuíno pelo bem do outro e vice-versa.


Se você ganha, eu ganho. Se você perde, eu também perco.


Por isso as brigas ou desentendimentos são oportunidades para que você possa se conectar com a história de quem você escolheu, para que você possa aprender também a ceder, a ser recíproco e vice-versa.


É fazer pelo outro aquilo que você gostaria que fizesse com você. Brigar é bom, na medida da sabedoria que ela pode provocar no casal que é aberto a sair do EU, para entrar no mundo do NÓS, em prol do alcance da felicidade de ambos.

 
 
 

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Psicóloga Vanessa de Almeida - Terapia de Casal e Individual Online.

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