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Família: a junção de "duas histórias" que podem ultrapassar gerações

  • Foto do escritor: psicovanessadealmeida
    psicovanessadealmeida
  • 19 de jul. de 2023
  • 3 min de leitura

Toda família começa com um casal. Mas se engana quem pensa que a união dessas duas pessoas vai gerar algo totalmente novo. Calma, explico!


Quando essas duas pessoas decidem ficar juntas, toda a história pregressa desses protagonistas se faz presente. Assim, vão tentar inserir dentro do contexto relacional com seu par aquilo que aprenderam anteriormente com pessoas significativas de sua vida. E isso não quer dizer que as portas estarão fechadas para se inaugurar algo diferente desse aprendizado vivenciado, mas é que, às vezes, tenta-se fazer diferente, mas acaba repetindo aquilo que talvez não se desejava.


Aproveitando o mês de julho que é a época das férias escolares, momento que as famílias intensificam a presença entre pais e filhos, avós, tios, irmãos, decidi trazer esse tema para pensar sobre convivência familiar.


Existe relação mais intensa que estar no seio de nossa própria família? Lá aprendemos a ser gente, lidamos com regras, crenças, pensamentos, lidamos com diferenças, limites, apoio, vivemos afeto, espiritualidade, relação com dinheiro e por aí vai...


Quando formamos uma família trazemos toda a bagagem de aprendizado que tivemos lá atrás com a nossa própria, e com isso passamos a negociar com nossa parceria um jeito próprio de funcionar. A coisa fica complicada, porque saímos do lugar de filho para ir pro lugar de parceiro e, possivelmente, pais.


Quais são as lembranças que você tem sobre a forma de funcionamento de sua família de origem?


Vou deixar mais fácil: Como era dividida a rotina da casa? Quais eram os cuidados com a saúde? Como sua família lidava com educação? O que podia e o que não podia fazer? Como falavam sobre sentimentos? Quais eram os momentos de lazer que sua família investia? Como e com qual frequência você tinha contato com os outros integrantes da família, como tio, avós, bisavós? Como seus pais resolviam conflitos? O que você aprendeu sobre dinheiro no contexto familiar? Como é a interação entre os familiares de diferentes idades? Como as mulheres eram vistas? Como os homens da família eram vistos? Como seus pais lidavam com você na época da adolescência, infância, fase adulta? Como foi a chegada dos netos? Como foi ser tio/tia? Como era a época da escola/faculdade? Quais os gostos, preferências, afinidades que sua família tinha? Quais músicas sua família escutava ou cada integrante preferia? Qual programa de TV favorito e o menos favorito? Que tipo de comida era feita nas reuniões de família? O que você aprendeu de mais importante com a sua mãe, seu pai, com alguém significativo de sua família? O que era aceitável e inaceitável no seu contexto familiar? Como era a relação com o trabalho na sua família?


Quando encontramos as respostas a essas perguntas e outras mais, saberemos o que vamos levar para nossa relação amorosa ou familiar, digo tanto em questão afetiva, como em questão de estruturação ou organização familiar. Com isso, teremos que adaptar, mudar, rever, excluir algumas ideias e crenças para que possamos fazer funcionar a convivência na família que inauguramos, seja ela com filhos ou sem.


Por quê? Porque nossa parceria também traz toda a bagagem dela pra juntar e montar esse quebra-cabeça tão complexo que se chama família.


O que você aprendeu com a sua família de origem que gostaria de repassar na convivência com seus filhos? O que não gostaria de repassar? Quais foram as faltas, tristezas, dores vivenciadas lá atrás que você talvez esteja trazendo para a convivência de sua família atual (parceiro ou filhos?) – aqui pode ser vivida situações de rigidez, excesso de flexibilidade.


Conviver nos convida a negociar. Escolha a bagagem que deseja carregar, cuide das feridas emocionais lá de trás, inaugure e liberte as próximas gerações de padrões que foram de alguma forma adoecedores, compartilhe as alegrias e ressalte o lado bom de seu contexto familiar.


Obs.: neste texto ressaltei a conexão entre duas pessoas que podem formar uma família. Diante das novas configurações familiares, esta família pode ser composta por pessoas do mesmo sexo. Inclusive, pode também ser formada por pessoas que não tem parceiros e que decidem formar uma família através da adoção. A intenção é provocar a reflexão dos aprendizados pregressos que interferem na família atual.

 
 
 

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Psicóloga Vanessa de Almeida - Terapia de Casal e Individual Online.

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