TERAPIA SISTÊMICA
- psicovanessadealmeida

- 12 de nov. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de nov. de 2021
A Terapia Sistêmica foca nas relações. Ela compreende o indivíduo integrado ao seu contexto familiar e sociocultural, e realça a complementariedade existente entre os seres humanos.
Por praticar uma abordagem relacional, o terapeuta sistêmico interage com o cliente - entendendo-se por cliente a família, o casal ou o cliente individual - numa postura de proximidade e sintonia. Deste modo, experimenta emoções distintas durante cada atendimento, e é essencial que ele tenha consciência de si mesmo e de como sua história pessoal e familiar interfere em seu modo de entender a realidade e relacionar-se com ela.
O trabalho com a família de origem tem espaço assegurado na terapia sistêmica. Pais preocupados com a educação de seus filhos percebem que repetem padrões de seus pais que não gostariam de repetir. Casais reproduzem modelos relacionais de suas famílias de origem, mesmo quando haviam se proposto a construir novos modelos para o seu casamento. A exploração das experiências com a família de origem na terapia promove as reformulações necessárias para liberar o indivíduo da repetição destes padrões familiares disfuncionais.
O reenquadre das mágoas e sentimentos infantis, a reformulação da ira e das imagens negativas, a revisão das expectativas irrealistas, o libertar-se do aprisionamento a lealdades invisíveis e a possibilidade de perdão, são alguns dos objetivos centrais do trabalho com a família de origem. A riqueza da terapia sistêmica reside na possibilidade de que este trabalho possa ser feito com a presença da família de origem na terapia, mas também na ausência dela, quando ela não pode participar.
A meta é a liberação do indivíduo de seus aprisionamentos passados, para que deixe de reagir à sua história e passe a agir e se conduzir dentro de uma proposta relacional atualizada e pessoal com sua família de origem e com sua vida. Busca-se o desenvolvimento da individualidade, mantendo a conexão com a família, integrando o ser autônomo e o pertencer.
Através da compreensão intergeracional, o cliente alcança maior integridade, que se traduz por vínculos mais saudáveis com cônjuges e filhos, interrompendo a repetição de condutas que o convertem em vítima de sua história e de si mesmo, e que o leva a encontrar e fazer outras vítimas. A possibilidade de ver a própria família com outros olhos, rever suas regras, entraves e riquezas, facilita renunciar às delegações que ela transmitiu a cada um de seus membros, favorecendo que a nova geração esteja liberada da repetição.
Por: Intercef.




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