O AMOR MADURO
- psicovanessadealmeida

- 13 de nov. de 2021
- 1 min de leitura
No início das relações conjugais, a sensação de completude é inevitável: “nossa, como ele(a) pensa como eu”, “achei a minha metade”, “nos damos tão bem, sintonia total”. Parece que as duas pessoas na relação é uma só. É a famosa fase da paixão.
Essa sensação de completude tem explicação: serve para possamos nos juntar ao outro. Essa fase de contentamento e satisfação permite estabelecer laços afetivos, e se não fosse assim, ninguém ia conseguir se unir a alguém.
À medida que a relação amadurece, algumas mudanças acontecem. Talvez ocorra a percepção de que o parceiro(a) não era bem aquilo que imaginava. A fase inicial de um relacionamento não permite que o casal de fato consiga “enxergar” o outro do jeito que ele é.
O amor surge quando deixamos aquela ilusão de perfeição e a pessoa que foi escolhida por diversos motivos, deixa de se encaixar na fantasia de nossa mente.
A vivência do amor conjugal nos impele a elaborar a frustração do outro não se encaixar nas nossas ilusões, respeitando o limite de cada ser envolvido na relação. A partir disso, ocorre uma espécie de integração na relação que permite acolher aquilo que é diferente, ou seja, aquilo que o parceiro(a) na realidade é.
O amor nos lança um desafio: estar em parceria com alguém é permitir lidar com ajustes diante das expectativas reais e fantasiosas em relação ao parceiro(a). Assim, os relacionamentos se enriquecem de respeito, crescimento e de criatividade.
A liberdade de amar consiste em tolerar ambivalências e contradições sentimentais, o que propicia uma melhor forma de lidar com a fragilidade humana e suas diferenças.




Comentários