OS BENEFÍCIOS DA PSICOTERAPIA PARA A SUA SAÚDE EMOCIONAL E RELACIONAL

Falar sobre nossos sentimentos e emoções não é tarefa fácil, principalmente, tendo em vista que não fomos educados a acolher e a compreender sobre nossa saúde emocional.

Dessa forma, nos nossos relacionamentos, seja com nossos pais, cônjuges, amigos, família e no trabalho expressar o que sentimos pode se tornar uma forte barreira, impedindo que a nossa comunicação flua de maneira mais leve.

Imagine se você pudesse falar tudo o que sente? O que vêm a sua mente agora?

É exatamente essa liberdade que muitos procuram no processo de terapia. Falar de si mesmos e de seus sentimentos como raiva, ódio, infelicidades, medo, ciúmes, desprezo, rancor, euforia, preocupações, alegrias. Estes sentimentos conectados com nossas relações é o que dá vida e cor ao nosso dia a dia e a nossa maneira de ser e estar no mundo.

O espaço terapêutico serve para acolher o indivíduo diante de sua dor e neste espaço não cabe julgamento. Na terapia é possível que o paciente compreenda melhor sobre a maneira que lida com as diversas situações de sua vida e seus relacionamentos. Para isso, é necessário que a pessoa fale sobre o que está sentindo, sobre seus pensamentos acerca dos problemas vivenciados, o que tem feito para tentar solucionar seus problemas.

E o terapeuta ajuda, nesse momento, a esclarecer como o cliente chegou onde está, qual função tem o conflito vivenciado pelo indivíduo, as dores que existem por trás da queixa apresentada, espaço fundamental para que o entendimento se processe e, finalmente, alternativas possíveis em se lidar com o problema possam surgir.

Isso não se dá em uma sessão apenas. É um processo que leva algum tempo, pois existem alguns fatores que estão diretamente envolvidos para o sucesso da terapia: o cliente é o protagonista principal acerca de seu comprometimento com a psicoterapia e seu desejo de se descobrir. O que não é tarefa fácil, pois à medida que a terapia evolui, muitas vezes, o paciente desiste do processo ou começa a faltar às sessões.

Tudo isso é uma maneira de tentar se afastar de seu processo de mudança, pois nosso cérebro está programado para vivenciar situações que não geram alarmes ou desconforto, e a terapia pode provocar desconfortos devido às novas descobertas que vão sendo processadas pela pessoa em tratamento, e a tendência é tentar recuperar a sua antiga vida, não descobrir sobre questões próprias que podem levar a um outro nível de compreensão de si, o que levaria a possíveis grandes mudanças.

Relacionamentos amorosos vivenciados em conflitos de dependência e co-dependência, papéis invertidos dentro do sistema familiar, onde filhos se posicionam no lugar de pais dos pais, falta de limites, baixa autoestima, inseguranças, frustrações, baixa valorização no trabalho, são algumas questões que quando descobertas na terapia podem provocar medo de mudança.

Sempre encorajo as pessoas que compartilham comigo suas questões conflituosas a não desistirem de si e que são responsáveis pelo seu próprio processo terapêutico. Eu estou no caminho com elas para que desenvolvam a melhor versão de si mesmas. É preciso coragem, persistência e vontade de sair dos padrões confortáveis e, muitas vezes, insatisfatórios de vida.

Mudar dói, permanecer numa relação infeliz seja com alguém ou com você mesmo, mais ainda. Somente quando você opta por um processo de amadurecimento olhando para si mesmo é que é possível alcançar relações mais satisfatórias. Você se sente livre para dizer NÃO quando algo te fere, você escolhe cuidar mais de você, da sua saúde física e mental, rejeita relações tóxicas e abusivas, entende sobre sua história familiar e a raiz de onde vem seus mais profundos problemas, coloca limites, se sente mais confortável com você mesmo e mais seguro de si, mais feliz com quem você é.

Esses são alguns dos benefícios do processo de terapia. O caminho nem sempre é fácil, mas como acontece também na natureza, para colher bons frutos é preciso arar a terra, plantar sementes, esperar o crescimento do plantio, regar com água... a terapia não seria diferente e também precisa de tempo: para falar de si, acolher o que sente, compreender como os conflitos se processaram e escolher uma trajetória alternativa.

Você já passou por um processo terapêutico?

Conte comigo na sua jornada.

Abraço afetuoso.

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