OS FILHOS SE PUNEM QUANDO OS PAIS SÃO DISTANTES AFETIVAMENTE

Você se pune?

Se você se pune, existe uma culpa muito grande em relação a algo que você pode ter vivido com relação aos seus pais ou figura de autoridade na sua infância e que pode estar atuando em sua vida adulta.

A autopunição é uma forma de identificação ou submissão ao padrão de comportamento disfuncional recebido de figuras de autoridade, que faz o emocional do sujeito se manifestar de maneira não saudável, de forma inconsciente.

Nos punimos quando sentimos responsabilidade exagerada, dificuldade em manter relacionamentos, quando reagimos de maneira exagerada a críticas, quando desejamos intimidade, mas temos medo dela, quando reagimos com agressividade extrema, quando não conseguimos ser feliz na relação de casal ou profissional, dentre tantas outras situações.

Essas situações podem ter sido vividas anteriormente pelo seus pais. E como somos seres humanos, solidários à dor do outro, acabamos tomando para nós essa herança de não nos permitirmos viver de maneira saudável, pois os modelos disponíveis até então, eram esses.

Assim, quando ousamos ser feliz no amor, começamos a atacar o parceiro na busca de se igualar ao relacionamento aprendido na infância, o padrão dos pais disfuncionais. Cito a infância, pois é onde a maioria dos traumas fazem morada. Não nos permitimos viver o amor de casal, porque nossos pais não o viveram. Desta forma, também não nos é permitido, pois se somos felizes, isso geraria culpa. E culpa gera autopunição.

Um outro exemplo também é quando somos bombardeados por palavras negativas, como “você não consegue; você não pode; quem vai querer se casar com você; cala a boca; engole o choro, você é burro...” essas mensagens negativas vivem no inconsciente dessas pessoas podendo fazer com que elas não alcancem sucesso profissional ou se tornem adultos frustrados quando tentam algum projeto, pois lá no fundo sempre tem aquela mensagem de que a pessoa não é capaz.

Que possamos ser mais abertos afetivamente em nossas relações familiares e que possamos a cada dia ser pessoas melhores para tornar outras pessoas melhores ainda!

No próximo texto vou falar sobre como encontrar um caminho para manter uma vida psicológica mais saudável nas relações familiares. Aguardem!

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