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Quando perdoar é sofrer. Estou passando dos limites por essa relação?

  • Foto do escritor: psicovanessadealmeida
    psicovanessadealmeida
  • 6 de ago. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 29 de jun. de 2023


Muitas vezes algumas feridas são tão profundas que por mais que você faça uma força enorme, não há como consertar o estrago provocado. Pode ser que você esteja enfrentando uma situação ou conflito difícil com o seu parceiro(a), sem conseguir saber qual rumo tomar.


Uma reflexão que proponho e que oriento você neste momento a fazer é: se dê tempo. Tempo para diluir a dor, compreender seus sentimentos, pensar e repensar sobre o que é valor para você e se vale a pena ou não deixar seu parceiro(a) participar dessa nova fase após essa profunda análise.


Nem sempre vale a pena continuar a relação se essa pessoa que você convive não demonstrar em ações que deseja e compartilha com você como objetivo a melhora e a evolução do relacionamento.


E mais: a melhora e evolução enquanto pessoas, indivíduos. Pode ser também que o que o seu cônjuge fez foi tão grave e devastador que não há a possibilidade de seguir em frente, pois estaria de fato passando os seus limites internos e dar uma nova chance seria como se você estivesse desrespeitando a si mesma: como se você mesma tivesse se “matando” pela outra pessoa.


Isso não seria saudável e extremamente contraproducente. O término viria a calhar nessa hora. Mas você pode estar se perguntando: “mas então não existe perdão para os erros cometidos? Uma pessoa não pode errar na relação?” Claro que errar é humano. Somos falhos e só conseguimos evoluir através de nossos erros e acertos mesmo. A questão é quando esses erros esbarram no oxigênio que faz a outra pessoa se manter viva e respirar. Percebem a profundidade e de como um erro pode desestabilizar toda uma história?


E pode ser que você não consiga tolerar tamanha dor e queira deixar esse relacionamento.

Um outro fator de ponderação é se esses erros acontecem com frequência ou se foi um evento pontual. Errar com frequência e ainda escolher estar nesse relacionamento, sabendo que o parceiro(a) demonstra suas intenções e desejos de melhoria, é uma grande falta de responsabilidade afetiva. Aqui, você percebe claramente que seus limites estão sendo desrespeitados.


Se for algo pontual, qual a probabilidade de tentar resolver de uma outra forma ainda não pensada por vocês? Perceba que é preciso investimento de ambas as partes para evoluir nesse processo.


Infelizmente, em alguns casos, só se aprende quando algo ruim acontece, mas podemos também prevenir conflitos nos autoconhecendo e expressando sobre o que é importante para nós numa relação. Se isso vai ser atendido ou fazer efeito na outra parte, não há garantia, mas há o poder em suas mãos de fazer o que é possível para expor sobre o que acredita.


Um outro ponto importante dentro desse contexto é como o cultivo dessa relação estava sendo realizado. Cultivo que falo aqui é como ambos os parceiros se nutriam de afeto, proximidade. Como conversam sobre questões difíceis da relação, qual padrão de resolução de conflito, quais movimentos fazem quando algo não vai bem, como se interessam pelo mundo um do outro, como apreciam as qualidades, como contornam brigas, o quanto são flexíveis ou enrijecidos em alguns aspectos, como negociam as diferenças.


Você confia na mudança do seu parceiro(a)? Como ele/ela está comprometido com essa mudança? Em quais momentos ele mostra isso para você? Você ainda gosta dela/dele? Talvez, você não consiga responder a essas perguntas por agora, pois pode estar magoado(a) com o aconteceu.


Então, dê tempo ao tempo. Seja paciente, compassivo e generoso com você mesmo.

Aproprie-se de si. Como você tem respeitado a sua evolução ao longo do tempo? Tem investido na sua própria mudança em alguns pontos que não sente estar realizada(o) com você mesmo? Qual o seu comprometimento pelo próprio bem-estar?


Nem sempre o outro nos acompanhará nessa jornada. Mas é seguro dizer que se você se amar e se respeitar dentro dessa trajetória, será mais fácil decidir se alguém merece fazer parte da sua vida ou não.


Essa reflexão fez sentido para você?

Que tal compartilhar com alguém especial?

Abraço afetuoso.

 
 
 

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