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RELAÇÃO PAIS E FILHOS: AS CRIANÇAS REFLETEM O PASSADO DOS PAIS

  • Foto do escritor: psicovanessadealmeida
    psicovanessadealmeida
  • 13 de nov. de 2021
  • 3 min de leitura

A criança precisa se sentir protegida, acolhida e amada para se tornar um adulto respeitoso e maduro.


A fase da infância é um período crucial para a nossa formação enquanto adulto maduro e tolerante aos desafios que a vida apresenta.

Dessa forma, a disponibilidade dos pais em oferecer-se como modelos aos seus filhos se faz de suma importância para incentivar o desenvolvimento da criança como um todo. Os filhos despertam nos pais tudo aquilo que estes viveram em sua infância. Assim, o ponto de partida para essa reflexão é como você tem tratado seus filhos de uma maneira geral e em quê isso ressoa e significa na sua história.


Muitas vezes, os pais tiveram um modelo de criação rígido, desrespeitoso quanto a liberdade de ser criança, e ao mínimo sinal de não se adequarem aos padrões que seus próprios pais lhe deram, foram invalidados, criando, assim, um repertório de comportamentos adaptativos para se adequarem aquilo que o ambiente exigia.

Muitos pais podem não ter tido uma infância ou adolescência feliz e quando estão expostos a alegria, a bagunça, a espontaneidade, a intromissão das crianças devido à curiosidade que apresentam diante da vida, podem se sentir ressentidos, com raiva, hostis e sem paciência para lidar com os filhos e com suas necessidades de atenção, afeto e acolhimento.


Nesse sentido, cresce a possibilidade desastrosa dos pais de tratarem os filhos da maneira que foram tratados. Querem aplicar a educação, valores, castigos, visão de mundo, muitas vezes, ultrapassados, na relação com sua prole.


É muito comum esses pais repetirem a criação que tiveram com seus filhos ou, ainda, tentarem ser o oposto daquilo que foi vivenciado na infância.

Cito alguns exemplos: uma infância violenta pode despertar nos pais um senso de controle exagerado quando se tem filhos, e assim, quando a criança quer brincar ou é muito barulhenta, os pais podem se sentir irritados, gritar com a criança e limitar as suas brincadeiras.

Um outro exemplo, é quando os pais tiveram uma infância muito rígida e não afetiva. Eles podem acabar sendo permissivos demais quando tem filhos, e isso também é ruim, pois se a criança pode fazer tudo que quiser, pode se sentir abandonada, intolerante à frustração e dependente.

As crianças devem ser tratadas com carinho, afeto e acolhimento numa relação de confiança, onde não se sentem rejeitadas ou abandonadas e onde possam se sentir seguras, nutridas de amor e livres para serem aquilo que são: CRIANÇAS.

Só assim, nesse ambiente, é que elas terão a chance de se tornarem adultos responsáveis e equilibrados emocionalmente, não se tornarão adultos que repetem padrões destrutivos com a sede voraz das necessidades de amor e carinho que não foram nutridos no passado.

Quando os pais promovem um ambiente de afeto, segurança e amor, o respeito predomina. E a criança, mesmo nas horas de mais excitação, sente que deve cooperar com os pais. Os pais precisam ser pacientes e tolerantes nessa jornada da infância, pois as cicatrizes e traumas emocionais surgem, em sua grande maioria, nessa fase tão preciosa do desenvolvimento humano.

É verdade que as crianças precisam de limites, lidar com frustrações, saber lidar com as consequências de seus atos. Essa árdua missão é dos pais. Agora, imagine se esses pais têm questões mal resolvidas nesse sentido? Como podem passar limites, se não sabem acolher? Como, diante das frustrações e dos “nãos” necessários que compõem a criação de seus filhos, poderão ser constantes e disponíveis na construção de afeto, tão importante para o desenvolvimento emocional de qualquer ser humano.

Mas para oferecer esse ambiente de amor, afeto e segurança, é preciso olhar para a sua própria história. Olhar para a sua própria infância para fazer frente a responsabilidade de criar os filhos para serem adultos de confiança e respeitosos consigo mesmos e com o próximo.


Os filhos remetem o passado doloroso dos pais. Aquilo que incomoda no comportamento do seu filho deve ser olhado com mais carinho dentro de si, pois sinaliza uma sombra, a qual não foi dada a devida luz, nutrição e atenção merecidas.


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