Se você falha em cuidar do seu desenvolvimento pessoal, falhará em outras áreas de sua vida
- psicovanessadealmeida

- 10 de dez. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 29 de jun. de 2023
Qual o balanço você faz para seu 2022? Existiu carência ou super investimento em alguma área da sua vida?
Mais um ano chega ao seu final. E nesse período, é muito comum as pessoas refletirem sobre o que conseguiram cumprir de metas estabelecidas e o que não foi possível prosseguir em seus projetos, fazer uma lista daquilo que se deseja realizar no próximo ano e bola pra frente.
Tem muito o que fazer, mas uma carência emocional por trás que projeto nenhum se sustenta a longo prazo.
Quero refletir aqui com vocês sobre o seu investimento emocional e relacional, a base fundamental para que outras áreas da vida estejam fortalecidas. A sua balança em 2022 pendeu mais para a carência nessa área, conseguiu investir com equilíbrio ou até mesmo super investiu e deixou outras áreas carentes de sua atenção?
Vocês já repararam que muitas vezes fazemos grandes investimentos nos estudos, no trabalho, na vida social, no relacionamento amoroso e familiar, mas deixamos de investir no nosso próprio bem-estar mental e emocional? E aí acabamos esquecendo que para se sair bem em outras áreas da vida nós precisamos em primeiro lugar estar bem com a gente mesmo.
Quando estamos bem com a gente mesmo, conseguimos encerrar ciclos que não fazem mais sentido para nós. Investimos em nossa capacidade de diferenciar relações de trabalho, de amizade, até mesmo de relações familiares que não conduzem a uma convivência saudável.
Passamos a gostar mais da gente, a acreditar nas bases, valores e princípios que nos fortalecem, a estabelecer limites e a não sentir culpa por isso, a confiar no nosso fazer em prol do destino que desejamos viver.
Saímos do “tenho que” sem sentido algum, para “vou fazer o suficiente e me empenhar bastante”. Conseguimos confiar no que nos tornamos, aceitar nossas imperfeições, descansar quando necessário, silenciar quando a discussão não vale a pena, a ter empatia e compaixão pela história das outras pessoas, tomar decisões difíceis sabendo que a vida adulta exige maturidade para isso.
Então, por que muitas vezes não conseguimos colocar a gente mesmo em primeiro lugar e elevar a nossa performance em outras áreas da vida que precisam da gente por inteiro, bem, mas não sem conflito?
Nos autossabotamos. Colocamos tudo na frente da gente: a família, o trabalho, os amigos, os filhos, o cachorro, o projeto voluntário, performamos bem para as pessoas de fora, mas por dentro estamos em frangalhos.
Desejosos de que alguém perceba - mas não queremos falar e nem demonstrar que precisamos - que também somos humanos e necessitamos de ajuda, afago, ombro amigo, alguém pra acolher e abraçar, pausar de vez em quando, ter com quem contar.
Tudo isso tem origem e tem história. A grande maioria das pessoas não foi educada a falar de emoções e sentimentos. Inflacionamos a nossa balança no fazer, fazer e fazer e esquecemos até mesmo em quem nos tornamos na caminhada.
Às vezes é tão doído mexer nos nossos sentimentos, na nossa história familiar que machuca, de ter que limpar a sujeira guardada debaixo do tapete, que preferimos manter uma fachada feliz, poderosa, de bom convívio externo, que mexer no porão da nossa intimidade, que precisa de organização, acolhimento, aceitação daquilo que é feio em nós mesmos.
Quantas vezes nos sentimos humilhados, rejeitados, sozinhos, com raiva, angustiados e ressentidos e não queremos dar o braço a torcer que isso faz parte de nossa humanidade. Qual espaço você criou para que isso pudesse vir à tona, para que você pudesse dar novo sentido a todas essas emoções e, aí sim, seguir em frente?
Encerre o ciclo de não investir em você em 2023. Cuide da sua saúde mental e emocional. Faça a sua balança da vida ter você bem emocionalmente para brilhar nas outras áreas de sua trajetória!



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