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A dor da rejeição

  • Foto do escritor: psicovanessadealmeida
    psicovanessadealmeida
  • 2 de abr. de 2022
  • 3 min de leitura

Quem nunca tomou um toco? Ou quem nunca se sentiu desmerecido de afeto, atenção, invalidado, rejeitado de alguma forma por alguém especial?


A dor de quem sofre rejeição, principalmente, vinda de figuras parentais (pais, cuidadores) sentem um vazio sem tamanho, uma dor que não se nomeia e apresenta sérias complicações relacionais na convivência com outras pessoas.


A dor da rejeição tem diferentes facetas: você pode ter sentido que não podia ser quem você era durante sua infância ou adolescência. Diante disso, teve que agradar, ser bonzinho, perfeito, calado, extremamente estudioso, um mini adulto que tinha que caber nas expectativas do outro (cuidadores, pais)...


Quem já sofreu com este sentimento pode rejeitar outras pessoas, se afastar, não querer conviver com os demais pelo medo de vivenciarem novamente a dor original passada. Sentem dificuldade até mesmo de procurar ajuda, tornam-se autossuficientes em muitos quesitos e quando buscam tratar suas dores, têm grande chance de abandonarem o tratamento precocemente, sem avisos: apenas reproduzindo o que sabem: rejeitar.


Se tornam inabilidosas em expor o que querem ou necessitam, porque acreditam que as outras pessoas não se importam ou que vão rejeitá-las…


Na realidade, elas mesmas não percebem que praticam a rejeição na própria carne. Com o sentimento de sem valor, pensam que não vale a pena investir nas relações, pois acreditam que a palavra convivência é sinônimo de rejeição.


Muitas vezes, as pessoas que sofrem desse sentimento se passam por pessoas fortes, decididas, que não precisam de ajuda, até mesmo duras. Criam aquela áurea de poder, de não serem acessíveis, justamente para afastar os outros de si próprias. São verdadeiros camaleões, pois ao se despirem de suas máscaras, sua verdadeira face aparece: de alguém que não foi nutrido afetivamente, inseguro, que deseja ser reconhecido e amado.


Ao longo da vida dessas pessoas, muitas situações surgem para que possam reviver a dor da rejeição que ainda não foi ressignificada: seja no trabalho, nas relações afetivas, na relação consigo própria, na relação com a família.


Geralmente, se esse indivíduo sofreu rejeição com a figura paterna, terá a tendência de se apegar à figura materna. Porém, o excesso da figura materna acaba prejudicando o olhar para o masculino. Ou seja, essa pessoa pode ter fortes conflitos em relacionamentos amorosos com seus cônjuges ou chefes, projetando a figura paterna nestes. O contrário também é verdadeiro.


Com isso, essa pessoa pode se tornar submissa ou fazer oposição de maneira disfuncional para si e nas relações. Nenhuma polaridade traz saúde emocional.


Qual a saída?


Humanização. Perceber quem cuidou de você para além das funções de pais ou cuidadores.


É preciso perdoar? Recomendo fortemente o perdão, que não significa concordar com o que fizeram com você, mas aceitar o fato, acolher os sentimentos advindos dessa convivência, e aí sim, seguir em frente.


Precisa conviver? Claro que não. Precisamos ter em mente que existem relações que são extremamente tóxicas, abusivas e que para preservar a saúde mental e emocional, às vezes, até mesmo física, é preciso se afastar, romper laços.


Uma boa dose de autoestima se torna fundamental para seguir em frente também. Aprender a colocar limites em situações que podem trazer prejuízos para si mesmo(a), se autovalorizar, autorrespeitar, autorresponsabilizar, acolher essa ferida e buscar todas as maneiras possíveis de se sentir mais amada, nutrida de afeto e compaixão em relação a si mesma(o).


Viver de maneira consciente daquilo que se deseja e se libertar para viver relações com saúde e com alegria de viver, porque a primeira pessoa que precisa se aceitar e se amar é você mesmo(a)!


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