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Nos conflitos entre sogros e nora/genro, o cônjuge deve intervir?

  • Foto do escritor: psicovanessadealmeida
    psicovanessadealmeida
  • 8 de out. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 29 de jun. de 2023


No processo terapêutico que realizo com as pessoas que acompanho sempre há espaço para pensar sobre o lugar e a função de cada membro da família. Mas vocês podem se perguntar: Isso não é algo já muito claro nas relações familiares? E, eu digo para vocês: não!


É de fundamental importância sabermos exatamente como funcionamos dentro do nosso contexto familiar justamente para exercitar limites, respeito à hierarquia, direitos e deveres, aprender sobre reciprocidade, respeito e apoio mútuos, gostar da gente mesmo e por aí vai...


E isso vai resvalar nas interações entre famílias, quando elegemos nosso cônjuge, que se torna genro ou nora de nossos pais, para dividir a vida conosco.


Pense nesse momento, qual é a função de pai e mãe para você? Como eles interagiam entre si como casal, como pais e pense também na relação que tinham com você como pais.


Dependendo de sua resposta, pode haver trocas de lugares – você como filho exercendo função de pais e vice-versa. Aí as confusões familiares acontecem e se expandem para a família extensa ou ampliada (noras, genros) que vão compondo e aumentando a família.


Falta de respeito e limites, culpa, excesso de intimidade ou indiferença aos que chegam...

Fato é que os pais precisam preparar os filhos para serem independentes e autônomos e não prenderem eles ao núcleo familiar para inabilitá-los a viverem relacionamentos próprios e à imagem e semelhança deles.


Quando você escolhe um parceiro amoroso, precisa se desligar um pouco da sua família de origem, levar o que for adequado e saudável para a sua relação e construir em conjunto com o seu par o modo original de vocês funcionarem.


Assim, chego na reflexão de hoje que gera bastante confusão nas relações familiares: será que num desentendimento entre sogra e nora, ou entre genro e sogro, o cônjuge deve intervir? E de que forma?


Muita calma nessa hora, gente!


Averigue se a questão envolve apenas diferenças de pensamentos entre eles e se conseguem resolver entre si, caso contrário, se envolver o relacionamento de vocês, ou seja, a sogra ou o sogro começarem a ditar como o relacionamento de vocês deve funcionar, ou como a casa deve ser tocada, ou como os filhos devem ser educados, ou excesso de dicas, sugestões não solicitadas, falta de respeito, esteja atento(a), você é o representante do casal.


Busque dialogar com seu companheiro(a) acerca de como ele/ela se sente diante desse conflito com os sogros (seus pais), alinhem como devem e querem ser tratados e faça a comunicação com seus pais que são os sogros de seu companheiro(a).


Você, enquanto filho(a), deve ser o defensor da relação de casal nos conflitos que envolvem excessos por parte dos sogros – seus pais. Quando você perceber que existe falta de respeito, abuso de poder, porque muitas vezes, nas posições de sogro ou sogra eles podem se sentir superiores aos genros e noras, então você precisa se posicionar em prol do seu cônjuge.


Não é para brigar ou se indispor com seus pais, mas colocar limites, ter conversas firmes, que sinalizem que você escolheu seu parceiro(a) e que ele/ela merece respeito, pois quem assume uma relação, assume o compromisso com o cônjuge, uma história com ele de lealdade e isso não te faz ser menos filho. Seu cônjuge deve ser preservado desse desgaste, você deverá ser o/a porta voz da comunicação nesses casos que envolvem a relação de vocês ou uma nítida falta de respeito com seu par.


Volto a frisar: você escolheu construir uma história com essa pessoa, dividir os planos de futuro em conjunto, dividir a intimidade, então é importante que você crie limites de proteção para essa relação e diminua um pouco a convivência excessiva com a sua família de origem para construir um relacionamento em que você leva seus aprendizados e constrói novos com seu cônjuge. Assuma esse lugar!


Para finalizar, com a união, você cria uma certa convivência com os pais de seu parceiro(a), e convivência significa diferenças: de pensamentos, de costumes, de formas de lidar com contextos do cotidiano, e com isso, os conflitos.


As pessoas que compõem o núcleo familiar podem combinar, ter afinidades em algumas áreas da vida, mas também podem divergir em alguns aspectos, não é verdade? O respeito, limite e bom senso devem conviver de mãos dadas dentro desse contexto.

 
 
 

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Psicóloga Vanessa de Almeida - Terapia de Casal e Individual Online.

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