O IMPACTO EMOCIONAL DOS FILHOS DIANTE DA SEPARAÇÃO DOS PAIS

O processo de separação de um casal não é nada fácil. Às vezes, uma vida de muitos anos ao lado de uma pessoa se desmancha e é preciso lidar com o luto da ausência e afastamento daquela pessoa que se dividia o lar.

Novas rotinas devem ser estabelecidas, além de ter de lidar com o sofrimento emocional. Dependendo do motivo que culminou a separação, esse processo pode ser bastante doloroso e arrebatador.

Necessário pensar também quando este casal que está passando pelo processo de separação tem filhos. Os filhos também sofrem com a separação, e dependendo da idade, podem se sentir culpados e abandonados pelos pais.

Muitos desses filhos, quando crianças, regridem em seus comportamentos apresentando enurese noturna, dificuldade escolar, solidão, empobrecimento das interações.

Os adolescentes podem se fechar, não mantendo um diálogo aberto, podem também sentir raiva, tristeza e medo do futuro incerto que se apresenta.

Os pais têm uma importante missão, nesse momento, além de cuidarem de si e de seu sofrimento: um olhar para o elo de interdependência que une essas duas pessoas: os filhos. Afinal, a união acabou entre homem e mulher, mas os papeis de pai e mãe, permanecem.

Os filhos precisam se sentir seguros e confiantes de que terão a presença dos pais e que podem recorrer a eles sempre quando precisarem. A disponibilidade em estar aberto e constante na vida dos filhos faz toda a diferença para a contenção de possíveis fantasias que os filhos venham a criar diante da separação de seus pais.

Lembrem-se: os filhos espelham-se em vocês. Passar por este momento de maneira madura e disponível, ensina respeito, tolerância e habilidade para lidar com os problemas relacionais que a vida apresenta.

A nutrição de uma relação de afeto e amor, por mais difícil e complicado que seja o momento da separação, deve ser incentivada para não haver distanciamento entre pais e filhos, e o desenvolvimentos destes continuar prosseguindo de maneira saudável.